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sábado, 16 de junho de 2012

Câmera escondida

Ai vai o começo de um pequeno conto de semi-ficção. Talvez não termine....


 Mais uma manhã rotineira na vida de Roberval, o jornalista atrapalhado. A redação está vazia, seus pensamentos estão voltados ao ritmo monótono do lápis que balança entre seus dedos enquanto vigia, não tão atento quanto deveria, as agências de notícias que costumam pautar seus dias. Até que enfim! Um defeito em um vagão da estação do metrô de São Paulo rasga o tecido da tranquilidade, que até então, cobria o início da segunda-feira. A instrução é a seguinte: Um jornalista com uma câmera escondida deve cobrir todo e qualquer defeito, impasse ou imprevisto envolvendo metrôs e trens com uma câmera escondida. O objetivo? Conseguir imagens exclusivas parecidas com a do começo do mês, onde uma horda de pessoas enfurecidas depredava uma estação de trem por causa de falhas recorrentes. E lá vai ele... Recolhe a geringonça da câmera escondida, que na verdade, é uma mochila de faixa única que corta horizontalmente o peito. Em um botão no meio dessa faixa está a pequena lente que é ligada a uma handycam, que grava tudo de dentro da sacola de elegância e eficiência duvidáveis.