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quarta-feira, 20 de março de 2013

Pense!

Num mundo ideal tudo isso pareceria óbvio.

Sou um amante do pensamento.

O tipo de formação que tive sempre me estimulou a pensar, a conhecer, a questionar. Por que isso é tão importante? De onde devemos partir para a construção do senso crítico?

Acredito que haja uma leve diferença entre informação e conhecimento.

Tudo é informação, e  nos relacionamos com ela de diferentes formas. Ela é absorvida de maneira sensorial.
Todas as coisas com as quais nós temos contato são traduzidas e enviadas para o cérebro como informação. Temos um banco de dados que é acessado quando nos deparamos com diferentes situações.

Dessa forma, todos nós estamos preparados para lidar com as situações mais comuns. Sabemos o que é o frio e como devemos nos proteger, quais coisas oferecem perigo à nossa integridade física, como saciar nossas vontades. Enfim... As informações básicas adquiridas por observação, constatação ou de forma empírica.

O que vai te distinguir da grande massa amórfica que é a sociedade são as informações que você busca além disso. As informações que obtemos através de livros, filmes, pesquisas ou até músicas... Tudo um dia pode te servir como referência.

Só que estamos na era da informação. A internet nada mais é que a informação efervescente correndo de um lado para o outro, sendo acessada e trocada. Inclusive informação falsa, que carece de fontes. Por isso devemos aprender também a filtrar a informação.

E o conhecimento?

O conhecimento é constituído das coisas que podemos concluir através do banco de dados que possuímos. Pensar nada mais é que um passeio contemplativo que você faz pelo seu cérebro. Onde você vai calmamente observar, analisar e relacionar as coisas que conhece.
Agora... Se você não consume informações além das que são oferecidas normalmente, é possível produzir algum conhecimento? Um banco de dados parco resultará no senso comum. Nada que mereça destaque.

Tudo isso está relacionado ao senso crítico? De certa forma...

O senso crítico é a habilidade de questionar o que está sendo oferecido.
É mais importante questionar a si próprio do que aos outros.

Um pequeno passatempo cerebral: Pegue um gosto de anos atrás, algo que passou. Pode ser uma música que te soe brega hoje. O que mudou? Você amadureceu? Quais características que te agradavam e hoje não agradam mais? Você consegue identificar essas características em outros produtos que deixou de consumir?
Vai perceber que não está sozinho. Há centenas de milhares de pessoas que já gostaram da mesma coisa que você e que hoje soa brega. Todas amadureceram juntas? Por que hoje ninguém mais gosta?
Você gostava porque isso foi colocado na sua e em tantas outras cabeças de cima para baixo.

Ao questionar seus próprios gostos você vai perceber que nem gosta de algumas coisas.

O senso crítico é uma semente que deve ser plantada e adubada com conhecimento para a sustentação dos seus questionamentos. Senão você não vai passar de um ranzinza.

Aprendi na universidade que a imprensa pauta a sociedade, que tudo gira em torno de interesses, que o que acreditamos ser cultura muitas vezes é o que estamos condicionados a pensar... Mas sou capaz de sustentar todos esses questionamentos, de citar teorias formuladas por pensadores que dão o fulcro às indagações. Essa é a diferença!

Se eu pudesse dar três dicas....

Informe-se! Pense! Questione!

Pelo amor de deus!

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